A melhor bússola dos negócios

Ponto de partida de muitos empreendimentos de sucesso, o plano de negócio tem, num primeiro momento, a função de “guiar” a empresa dentro do segmento em que escolheu atuar

Planejamento é uma palavra-chave para quem pretende ingressar no mundo dos negócios. Dificilmente um empreendimento em que o verbo planejar não seja conjugado atinge resultados expressivos. E sem dúvida, no caso de um novo negócio, tenha ele o tamanho que tiver, é necessário um plano de Negócio. Por uma simples razão: abrir um negócio sem antes fazer um plano de negócio é como fazer uma viagem de avião sem mapa, sem plano de vôo e sem ter fixado antes o destino a que se quer chegar.

O autor dessa definição, o professor da César Simões Salim, co-autor do livro Construindo Planos de Negócios, é enfático em dizer que o “plano de negócio é o planejamento do empreendimento e serve para testar se ele é viável e estabelecer em que condições o negócio deve ser feito de tal forma que possa ser bem-sucedido”.

Assim, atesta o professor, a elaboração do plano de negócio funciona como uma espécie de “antídoto” para diminuir a mortalidade das novas empresas e para garantir o crescimento das empresas já existentes. “Mas é claro que o plano precisa ser bem feito para que isso seja verdade”, adverte.


Informações de qualidade

Hoje em dia é cada vez mais comum ouvir falar a respeito de plano de negócio. Essa “popularização” se deve não apenas à conscientização dos empreendedores sobre a importância do plano, mas também à expansão das incubadoras de empresas e à concessão de capital de risco, em que ter um plano de negócio é simplesmente vital.

Até por questões como essas, a elaboração do plano de negócio deixou para trás qualquer caráter pejorativo, quando se dizia que não passava de um exercício de futurologia. O que se vê agora é justamente uma preocupação cada vez maior em aproximar os dados constantes em um plano da realidade do mercado em que quer atuar. E este é um dos segredos de um plano de negócio: a qualidade das informações que o empreendedor reúne para sua elaboração.

Em primeiro lugar, ensina o professor César Simões Salim, o empreendedor precisa definir qual o negócio, o que será produzido ou que serviço será oferecido, para que mercado se destina o produto ou serviço, que tipo de necessidade vai atender. “Feito isso, deve fazer o modelo do negócio e testá-lo o mais que puder”, ensina Salim. Depois virá a pesquisa de mercado e a definição da estratégia da empresa. Finalmente, serão feitas as projeções financeiras e o projeto de como vai se organizar a empresa.


Alerta importante

O empreendedor nunca deve deixar de revisar aquilo que colocou no plano de negócio. “Sem fazer uma revisão periódica do plano, o empreendedor não estará acompanhando a evolução do mercado, de seus competidores, da situação econômica e tecnológica”, afirma o professor.

Na medida em que haja mudanças do cenário do mercado, da economia, da tecnologia ou das ações dos competidores, deve ser feita a revisão do plano de negócio. Isso em geral requer uma revisão semestral do plano, mas, dependendo do tipo de negócio e da situação do mercado, é necessário fazer essa revisão em períodos maiores ou menores.

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