Gestão
do Conhecimento
A
característica principal do sistema
de gestão do conhecimento através
do Business Assistido:
Inversão do papel ativo educacional,
do mestre para o aluno, neste sistema
a atitude de busca do conhecimento/saber deve
ser do usuário, que requer a solução
certa na hora certa, integrando apreender,
ensinar e praticar, cuja Rede Cooperar
é a unidade viabilizadora deste Sistema.
(Centralizadora logística para atender,
arquivar, somar e disponibilizar o conhecimento)
conforme demanda, para os integrentes da Rede.
As principais atividades relacionadas à
Gestão do Conhecimento, em geral, são:
compartilhar o conhecimento internamente,
atualizar o conhecimento, processar e aplicar
o conhecimento para algum benefício
organizacional, encontrar o conhecimento internamente,
adquirir conhecimento externamente, reutilizar
conhecimento, criar novos conhecimentos e
compartilhar o conhecimento com a comunidade
externa à empresa. E como as comunidades
virtuais podem ajudar nesse processo?
Alguns
pontos podem ser observados no desenvolvimento
de comunidades virtuais nas empresas:
•
Comunidades virtuais podem apoiar as áreas
de negócio na obtenção
de novos conhecimentos, tanto de fontes internas
quanto externas;
• Comunidades virtuais podem
apoiar a empresa na distribuição
da informação e nas políticas
de comunicação;
• Comunidades virtuais podem
estimular a adoção de novas
‘políticas culturais’ na
organização, visando disseminar
novos modelos mentais para reflexão,
abordagem do processo de aprendizado e ação;
• Comunidades virtuais,
por sua própria natureza, podem apoiar
a estruturação da ‘memória
organizacional’, através do registro
da troca de informações entre
representantes das áreas de especialidade;
• Comunidades virtuais podem
funcionar como interconexão entre os
núcleos de conhecimento, ajudando a
identificar quem sabe o quê.
• A atuação
das comunidades virtuais na empresa pode se
dar também em três grandes níveis,
na abordagem da Gestão do Conhecimento:
1.
abrindo horizontes para o nível executivo;
2. educando a gerência média
e
3. instrumentando a ‘linha de frente’.
Para
o nível executivo, nunca é demais
lembrar os papéis fundamentais que
Senge atribui aos líderes: projetista,
educador e facilitador. Um desafio muitas
vezes negligenciado - as vezes até
por falta de espaço político
- é preparar o nível executivo
para esses papéis. Recursos Humanos
tem um papel importante e desafiador aqui,
e a criação de comunidades virtuais
pode ser um caminho para isso.
Atuando
nesse nível, através de comunidades
virtuais pode-se desenvolver uma série
de iniciativas fundamentais:
•
introduzindo o conceito de ‘organizações
do aprendizado’ na própria dinâmica
de interação dos grupos direcionados
ao público executivo;
• discutindo casos - internos
ou externos à empresa - de aplicação
das práticas de aprendizado contínuo,
encorajando a criação de projetos-pilotos
e grupos de discussão;
• discutindo a criação
de mecanismos de premiação para
inovação e aprendizado individuais
e de equipe;
mediando casos de resistência à
mudança;
• incentivando trocas de
experiências e informações
entre ‘comunidades de práticas’
da empresa, através de publicações
e eventos específicos;
• trocando informações
sobre a realização de projetos
de benchmarking com organizações
similares ou concorrentes;
• apoiando consultivamente
a resolução de problemas nas
áreas, através de grupos interdisciplinares.
A gerência média, muito questionada
e pressionada em diversas organizações
que adotaram reengenharia. No entanto, os
gerentes de processos são cruciais
para facilitar a aprendizagem organizacional.
Eles são um elemento de ligação
importante na comunicação empresarial
, tanto de cima para baixo, quanto entre as
diferentes unidades de negócio. Os
gerentes são os responsáveis
pela integração dos indivíduos
e a comunicação das idéias,
assim como na inovação e no
desenvolvimento de novos produtos e processos.
Tradicionalmente,
os gerentes médios são uma categoria
de resistência política. A reengenharia,
ao achatar a pirâmide organizacional
e redesenhar a gerência média,
quebrou muitos elos na estrutura do poder
formal e informal na organização.
O papel esperado do gerente numa organização
do aprendizado é totalmente diferente.
E, através de comunidades virtuais,
pode-se atrair talentos para essa função,
selecionar, educar e estimular os gerentes
médios. É esperado da gerência
média uma abordagem aberta, cooperativa,
criativa e empática. O gerente deve
ser um exemplo de mentalidade aberta para
a inovação e o aprendizado.
Assim
sendo, pode-se desenvolver uma série
de iniciativas fundamentais para a educação
da gerência média através
de comunidades virtuais:
•
explicando a abordagem da Gestão do
Conhecimento aos gerentes, através
de publicações, seminários,
cursos e eventos específicos;
• praticando habilidades
de negociação úteis na
interação com outras áreas;
• criando canais para a
disseminação do conhecimento
entre áreas afins, tanto nos aspectos
técnicos quanto de práticas
gerenciais;
• criando e disseminando
estudos de caso da empresa, que demonstrem
a efetividade da abordagem de organização
do aprendizado;
• patrocinando fóruns
interdisciplinares e entre diferentes áreas
organizacionais, onde as pessoas sejam estimuladas
a compartilhar experiências, trocar
informações e estreitar laços
de relacionamento profissional;
• expondo os gerentes a
experiências fora da organização,
no próprio país ou no exterior,
onde as pessoas tenham oportunidades de enriquecimento
de sua visão de negócio e de
mercado;
• favorecendo o desenvolvimento
de equipes, a identificação
de novos líderes e a renovação
das gerências;
• suportando um clima organizacional
favorável à diversidade de culturas
e ideologias, através de mecanismos
que respeitem as diferenças individuais;
No nível da ‘linha de frente’,
que seria o nível mais pragmático,
há muita coisa a se fazer no direcionamento
para a Gestão do Conhecimento. A tão
reforçada autonomia e a participação
- o empowerment - são pretendidos para
os níveis mais operacionais da empresa.
É na ‘linha de frente’
que deve estar mais apurada a mentalidade
de ‘atenção total ao cliente’.
E o que se quer em termos de comunicação
organizacional é a informação,
as idéias e o conhecimento fluindo
livremente, tanto horizontal como verticalmente,
para além das fronteiras departamentais.
Assim,
algumas ações fundamentais podem
ser desenvolvidas para instrumentar a ‘linha
de frente’, através de comunidades
virtuais:
•
enfatizar qualidade, visão de cliente
interno/externo e inovação;
desenvolver habilidades de negociação,
domínio da linguagem, visão
crítica, conhecimento do negócio,
resolução de problemas e processo
decisório;
• criar infra-estrutura
para o estabelecimento de comunidades de práticas,
visando o compartilhamento de informações
e experiências;
• implementar políticas
de intercâmbio de pessoas e informações
entre diferentes unidades de negócio;
desenvolver canais de comunicação
entre a ‘linha de frente’ e as
gerências;
• estimular o compartilhamento
de experiências entre funcionários
antigos e novos;
• preparar programas de
ambientação que estabeleçam
claramente o compartilhamento de conhecimentos
como um valor da organização;
• criar condições
para que os próprios trabalhadores,
na medida de seus conhecimentos e habilidades,
passem a desempenhar atividades de treinamento
de seus colegas;
• implementar fóruns
de discussão interdisciplinares;
• criar mecanismos de divulgação
de informações sobre negócios,
clientes, processos produtivos e administrativos;
• criar oportunidades de
desenvolvimento pessoal e profissional para
todos na organização e premiar
aqueles que buscam e aproveitam essas oportunidades;
incentivar as pessoas a se responsabilizarem
pelo seu desenvolvimento pessoal e profissional.
É claro que muitas dessas iniciativas
também podem se dar sem comunidades
virtuais. A questão aqui apenas é
a facilidade, o baixo custo e o tipo de cultura
que se ajuda a criar. Naturalmente que barreiras
organizacionais de todos os tipos dificultam,
e às vezes impedem, a implementação
das ações descritas, em todos
os níveis. Por outro lado, o que a
Gestão do Conhecimento traz é
a defesa de que o esforço vale a pena.
Numa economia baseada no excesso de informação,
ao invés da escassez de recursos, gerir
o conhecimento da empresa é uma questão
de sobrevivência. Muitas das ações
descritas já são implementadas,
de uma forma ou de outra, em várias
empresas. O que está se discutindo
é uma janela de oportunidade para participar
da estruturação da Gestão
do Conhecimento na organização.
Elliot
Maisie, em sua palestra no Congresso da ASTD’98,
em San Francisco, Califórnia, em junho/1998,
discutiu série de tendências
para a Gestão do Conhecimento em geral,
e para Treinamento & Desenvolvimento em
particular. Mesmo considerando que Masie está
atuando primariamente no mercado americano,
muitas de suas indicações já
podem ser percebidas em empresas no Brasil,
América Latina e Europa. Dentre elas,
destacam-se:
•
a deficiência de conhecimentos e habilidades
está crescendo, e isso tende a reduzir
a velocidade com que as empresas conseguem
absorver novas tecnologias e inovar produtos
e serviços;
• a demanda por treinamentos
interativos on-line está crescendo,
levando a níveis mais altos de virtualização
nas simulações das situações
de trabalho;
• o uso de tecnologia
nos treinamentos está aumentando, assim
como sua utilização para a criação
de atividades pré e pós-treinamento;
as ferramentas de software de autoria estão
se popularizando, reduzindo o custo de desenvolvimento
de material multimídia e tornando a
produção desses recursos de
aprendizado cada vez mais descentralizada;
• os processos de aprendizado
estão se movendo das salas de aula
para as unidades de negócio, alternativamente,
para as casas, através do uso combinado
de CD-ROM, Internet, TV/Vídeo e videoconferência;
• o conteúdo
das ocupações está se
alterando rapidamente, incorporando novas
funções muito além das
previstas nas descrições de
cargos, e demandando novos conhecimentos e
habilidades, principalmente em relação
às novas tecnologias;
está crescendo o número e a
importância das ‘comunidades de
interesse’ profissionais, dentro e fora
da organização, e elas estão
se tornando um componente importante no processo
de aprendizado e compartilhamento de conhecimentos;
• o treinamento nos
moldes tradicionais está encarecendo,
o que levará a que se torne menos freqüente,
mais seletivo, mais curto e direcionado a
intervenções específicas.