O YouTube removeu, nesta quarta-feira (14), um vídeo da Fundação Alexandre Gusmão (Funag), órgão promotor de atividades culturais e pedagógicas do Ministério das Relações Exteriores, conhecido por Itamaraty. Segundo a plataforma digital, a peça contraria orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), podendo “causar danos físicos graves ou morte”.
O vídeo excluído, intitulado “A nocividade do uso de máscaras” foi exibido no dia 3 de setembro, e faz parte de uma série de seminários virtuais denominada “A conjuntura internacional no pós-coronavírus” que questiona, sem argumentos, evidências científicas relacionadas à pandemia da covid-19.
Na palestra que motivou a retirada do vídeo, o professor Carlos Ferraz, que trabalha na Secretaria Nacional da Juventude do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, afirma, sem apresentar evidências científicas, que as máscaras fazem mal à saúde das pessoas saudáveis.
No vídeo, o palestrante, que também é professor da Universidade Federal de Pelotas, explica: “A máscara não só é inócua no combate à pandemia, mas é também nociva, causa problemas de saúde”.
A informação contraria frontalmente a orientação da OMS sobre o uso das máscaras ser fundamental para auxiliar no combate ao novo coronavírus. Segundo a agência internacional, o acessório ajuda a conter a disseminação da doença, ao reduzir a quantidade de partículas virais expelidas por pessoas doentes.
Conforme as diretrizes do YouTube, a plataforma exclui conteúdos considerados perigosos ou nocivos como desafios arriscados, instruções de como matar ou ferir, promover curas ou remédios temerários, entre outros.
Além de terem o conteúdo removido, os autores são notificados. Quando ocorrem três notificações, o canal é excluído. O YouTube esclarece que "qualquer usuário que acredite ter encontrado um conteúdo em desacordo com nossas regras pode fazer uma denúncia".
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